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Feb 18 2013

“Estúdio 3” JLS e o fim de uma era do som no cinema brasileiro

Hoje, 18 de fevereiro de 2013, um pouco da história do som no cinema brasileiro deixou de existir. Depois de 15 anos ininterruptos de atividades, desmontamos o velho “ESTÚDIO 3” da JLS Facilidades Sonoras, que foi a primeira sala credenciada pela Dolby Laboratories no Brasil para mixar filmes com som Dolby Digital 5.1. Nele, foram mixados mais de 190 filmes de longas-metragens, algo como 200 curtas, pelo menos 40 Print Masters em Dolby Digital de filmes mixados em outros estúdios, além de algumas dezenas de restaurações sonoras como: a obra de Glauber Rocha, Leon Hirszman, Joaquim Pedro de Andrade, Mazzaropi, entre tantos outros cineastas que fizeram e ainda fazem parte da história do nosso Cinema.

A velha mesa Cinemix, a primeira que chegou neste país em maio de 1998 para atender ao então “novo formato sonoro” (Dolby Digital), assim como um velho Wave Frame e tantos outros equipamentos da “velha guarda analógica”, agora não mais existe. Digamos que essa maravilhosa parafernália “análoga-digital” foi ao encontro de tantas outras que hoje não faz ou tem um maior sentido operacional. Enfim… Aqui fica meu registro de um momento muito triste, porém que dará início ao novo “ESTÚDIO 3”, totalmente reformado e modernizado.

Abraços,

Zé Luiz Sasso

Confira as fotos do finado “Estúdio 3” abaixo:

Como era até 15/02/2013

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Feb 5 2013

Vulgo Som!

Vulgo Som é um documentário sobre a concepção sonora para o audiovisual com depoimentos de compositores de música para imagem, editores de som, especialistas e estudiosos do som. Dirigido por Almir Chiaratti, o projeto também conta com uma web série realizada a partir do material produzido para o documentário.



No primeiro episódio, você confere o depoimento do produtor musical David Tygel sobre as relações entre diretor e compositor.


Jan 30 2013

Homenagem a Stefan Kudelski: inventor do Nagra

O cinema sonoro trilhou um longo caminho até que soluções técnicas e mercadológicas fossem encontradas para o seu total estabelecimento. A primeira solução encontrada foi a gravação em discos (de 1927 a 1932) que logo foi substituída pela gravação ótica, que depois foi substituída pela gravação magnética e depois pela digital.  

A gravação magnética do som foi descoberta pelos alemães durante a II Guerra Mundial. Somente com a invasão da Alemanha, em 1945, é que os aliados tiveram acesso ao gravador Magnetofone. A partir daí, os americanos desenvolveram esta tecnologia para ser usada nos estúdios de cinema. Mesmo substituindo a tecnologia da gravação ótica do som pela gravação magnética nas filmagens, usando gravadores como o Rangertone ou o Ampex, estes gravadores ainda eram pesados (quase 30 Kg) e precisavam ser alimentados pela rede elétrica ou por geradores para manterem o sincronismo com a câmera, não eram portáteis.

Foi nesse cenário que surgiu um gravador magnético de som portátil que fez história: o Nagra, e que se tornou um sinônimo de gravador para cinema durante mais de 20 anos. Em 1948, o pequeno transistor substitui as válvulas e, em 1951, o polonês radicado na Suíça, Stefan Kudelski, desenvolve o primeiro gravador portátil de som em fita magnética, chamado Nagra I. O nome “Nagra” vem do polonês e quer dizer “vai gravar”.

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