Nov
27
2014
Dando continuidade à conversa realizada com Danilo Carvalho que teve como eixo central o som do filme “Vilas Volantes, o verbo contra o vento” (Alexandre Veras, 2005), mas que também abordou outros lados da pratica sonora, segue a segunda parte.
Parte II) Formação em cinema: parcerias e relações.
Guilherme Farkas: Um dos motivos que me levaram a me interessar pelos filmes que você faz, tanto no Vilas Volantes: o verbo contra o vento [1], quanto o Sábado à Noite [2], entre outros, é justamente esse tipo de som que renova um certo cenário de cinema, um certo fazer som, e de se distanciar de um fazer som mais convencional. É justamente isso que estou buscando na minha pesquisa, esse tipo de possibilidade de criação de som, enfim. Só para pontuar, fale um pouco mais sobre a criação cinematográfica mesmo. Se por um lado a música é forte para você, você também faz muitos filmes, você está então imerso no processo do fazer cinema…
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Nov
19
2014
Sobre o Coletivo de Som de Pernambuco:
“A idéia inicial do grupo era ser uma Associação de Técnicos de Som. Mas a possibilidade de tornar o grupo de técnicos de som em um Coletivo era mais atraente e menos burocrática, e foi isso que fizemos. O grupo surgiu por volta de 2012, com o objetivo de tornar a categoria de técnicos de som mais unida e forte; para esclarecer e tentar educar o mercado audiovisual quanto as necessidades dos profissionais de som; também para que os profissionais pudessem se conectar para trocar experiências, uma vez que em Pernambuco já acontecia um movimento para formalização do trabalho no cinema local, através da ABD-PE, CANNE, em alguns momentos contando com suporte e consultoria do STIC-RJ.
Hoje, o Coletivo de Som de Pernambuco conta com cerca de 20 profissionais espalhados pelo Brasil, sobretudo no Nordeste. Faz reuniões periódicas e estuda, num futuro próximo, poder promover cursos e oficinas de capacitações para seus integrantes e para o público em geral. Assim como a maioria dos profissionais de som espalhados pelo mundo e que compartilham as mesmas queixas, a perspectiva no futuro é de que técnicos de som e demais profissionais do audiovisual possam conviver “pacificamente” e que haja, pelo menos, conhecimento sobre o métier dos técnicos de som (desde o trabalho do técnico de som direto, passando pelos editores e chegando ao mixador). Para isso, o Coletivo produz material educativo sobre a profissão que são postados no blog. Os textos estão em português para que tenham um maior alcance entre os brasileiros que fazem parte do universo audiovisual (especialmente produtores e diretores de cinema).”
Por Catarina Apolonio.
Nov
14
2014
Continuando com a publicação de pesquisa sobre sonoridades no cinema brasileiro contemporâneo, segue a entrevista realizada com Danilo Carvalho, em sua casa na cidade de Parnaíba (PI).
A conversa realizada com Danilo teve como eixo central, assim como as do demais entrevistados na pesquisa, um filme. No caso de Danilo, o filme é “Vilas Volantes, o verbo contra o vento” (Alexandre Veras, 2005). Danilo realizou a captação de som junto com Lênio Oliveira, e também fez a edição de som e mixagem. Porém a conversa com Danilo abordou outros lados da pratica sonora, menos retido em questões metodológicas ou técnicas. Danilo fala sobre a realização de filmes, suas experiências de vida e como tudo isso se desdobra no fazer som para cinema.
Danilo também é realizador e diretor de filmes e foi um dos fundadores do coletivo Alumbramento. É parceiro de longa data de Ivo Lopes Araújo e Alexandre Veras.
Parte I) Aproximações e influências com som e música
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