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Jun 13 2016

Entrevista com o técnico de som Pernambucano, Guga S. Rocha

“Guga Rocha ministrou, de 3 a 7 de fevereiro de 2014, o módulo ‘A Linguagem do Som no Audiovisual’ no Curso de Realização em Audiovisual da Vila das Artes. O módulo, que faz parte do ciclo Imagem e Narrativa, trabalhou a análise e a construção da linguagem sonora do filme explorando aspectos como a percepção sonora e espaço acústico; o som e a construção do espaço no filme; a linguagem do som no filme; relação sons organizados e ruídos; e possibilidades estéticas da continuidade e da descontinuidade do som no filme. Guga é graduado no Curso de Bacharelado em Arte e Mídia pela Universidade Federal de Campina Grande e Especialista em Estudos Cinematográficos pela UNICAP- PE, integrou o coletivo Sétima Multimidia. Tem experiência na área de Desenho de Som em cinema e video, com ênfase em Instrumentação, música e Arte Sonora. No vídeo é possível conferir uma entrevista realizada com Dubois durante o tempo que ele passou na Vila.”

 Fonte: Vila das Artes.

Mar 17 2015

Sonoridades no Cinema Brasileiro: Guile Martins e o som de “A Cidade é Uma Só?”

Guile

Entrevista com Guile Martins, responsável pelo desenho de som de A Cidade é Uma Só” (Adirley Queirós, 2011).

Guilherme Farkas: Como você entrou no “A cidade é uma só” ? Você tem uma relação anterior com o Adirley? 

Guile Martins: Conheci o Adirley em 2006, durante um festival de cinema em Florianópolis. Nossos curtas estavam sendo exibidos, ele com “RAP – O canto da Ceilândia” e eu com o “Sobre a Maré”. Conversamos muito, mas acho que mais sobre futebol do que cinema. Nos reencontramos em 2009, no festival de Brasília, eu estava lá apresentando o documentário “Tarabatara”, no qual fiz som direto e edição de som. Nesse tempo fui conhecer a ceilândia, tomar banho de cachoeira em águas lindas de Goiás, algo que me alegrou muito, arejou um pouco a angustia de estar em Brasília, no plano piloto, um lugar desconhecido e inóspito pra mim. Na Ceilândia ouvi os carros de som, os vendedores da feira, gente andando nas ruas, jogos de futebol em cada esquina, enfim, uma paisagem humana e sonora muito diferente do plano piloto e do circuito do festival de cinema. Foi aí que assisti o “Dias de Greve”, na casa do Adirley e conversamos mais sobre som, como aproveitar os sons da Ceilândia e de outras quebradas, sem recorrer ao recurso de “som de tiro e sirenes ao longe”, que tanto o incomodava enquanto proposta estética. Falamos sobre os sons que desaparecem com o tempo, o amolador de facas, um vendedor de biju…

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Mar 6 2015

Sonoridades no Cinema Brasileiro: Fernando Henna e Daniel Turini e o som de “Avanti Popolo” e “A Cidade é Uma Só?” – Parte III

a cidade e uma so

Terceira e última parte da entrevista com os profissionais sonoros Fernando Henna e Daniel Turini. Os sons de “A Cidade é Uma Só” (Adirley Queirós, 2011).

Guilherme Farkas: Sobre o “A Cidade é uma Só [1]”, acho que já é um caso completamente diferente. Um pouco de tentar recuperar, na pós-produção, algumas coisas, garantir inteligibilidade de alguns planos e fazer uma mixagem que segure o filme. Em alguns momentos, o filme flerta com uma estética de um som hiper-realista [2], em que você tem uma condição de escuta bastante amplificada em que todos os eventos soam, produzem sonoridades que num modo de produção documental, muito dificilmente seriam gravados. Queria saber então se essa estética do hiper-realismo sonoro foi uma sugestão do Adirley.

Fernando Henna: Quem pode te responder com mais propriedade mesmo é o Guile Martins. Do que veio para cá, essa coisa da chave do carro por exemplo já tinha na edição de imagem, deve ter sido um acordo entre eles. O que tem bastante é uma edição de som super esperta. Pouquíssimos sons de banco, todos sons captados durante o filme, nas locações mesmo. Acho que o Guile quando fez o som…

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